Parapente, asa delta e balão: escolha como voar em São Pedro
Destino, que se destaca pelas aventuras no ar, acaba de inaugurar escultura instagramável para quem prefere manter os pés no chão
Na Estância Turística de São Pedro, no interior de São Paulo, é fácil realizar o sonho humano de voar. São três modalidades que estão ao alcance dos turistas, mesmo os totalmente inexperientes com aventura no ar: parapente, asa delta e balão, atividades em que a natureza é a protagonista duplamente.
Isso porque dependem do vento para ocorrerem e possibilitam um contato visual com a deslumbrante paisagem da Serra do Itaqueri, que molda o município. Única cidade na região com parque de voo livre, e escolas e instrutores homologados, São Pedro é o lugar para tirar do papel o antigo do sonho e, finalmente e literalmente, voar.
Até quem prefere manter os pés no chão consegue experimentar um pouquinho da sensação de ter asas. É que São Pedro acaba de inaugurar uma escultura instagramável no Parque Municipal de Voo Livre “Celso Gonçalves Fonseca”, ao lado de uma das rampas de decolagem de parapente e asa delta.
A escultura, do artista plástico Lajur, é de um parapente de cinco metros de largura por três metros de altura e está fixada em um mirante. Com asas de fibra de vidro e aço, foi projetada especialmente para o visitante acomodar-se como se estivesse em um parapente de verdade, explica a secretária de Turismo, Clarissa Quiararia.
Como as asas da escultura estão posicionadas em diagonal com o mirante, na foto a sensação é de profundidade. Mais ainda se, na hora, houver pilotos decolando seus parapentes na rampa. Para conseguir o post perfeito para as mídias sociais, a dica é ir aos finais de semana, por volta da hora do almoço, quando as térmicas geralmente oferecem as condições ideias para voo livre.
“Só acompanhar as decolagens, com aquela movimentação gostosa num lugar tão bonito, em contato com a natureza, já é um passeio. Agora, com a escultura, a gente faz a foto e aguça a vontade de voar de verdade”, completa a secretária de Turismo.
O Parque Municipal de Voo Livre “Celso Gonçalves Fonseca” é um dos atrativos turísticos de São Pedro. Lá, está o Bar da Rampa, uma estrutura preparada para receber turistas e pilotos e onde geralmente ficam os acompanhantes de quem vai fazer voo livre.
Para turista, voo duplo
Quem não é piloto de parapente ou asa delta experimenta a sensação de flutuar nas térmicas no chamado voo duplo, em que a pessoa vai no equipamento na condição de passageiro e o comando é todo do instrutor. Para a segurança do passeio é importante, sempre, se assegurar que o piloto é um instrutor homologado, frisa Wanessa Martins, que é associada ao Clube São Pedro de Voo.
Para agendar um voo livre com instrutor homologado, o interessado deve entrar em contato com o Clube São Pedro de Voo, que vai passar o contato de um disponível para a data pretendida. Um dia antes da data, havendo boas condições climáticas, o instrutor confirma o voo. O preço de um voo duplo é em torno de R$ 250,00 e dura de 15 a 20 minutos, dependendo das condições climáticas do dia. Já está incluso no preço o resgate após o pouso e retorno para a rampa.
Balonismo
Espaço aéreo livre e o cenário contemplativo do alto, formado por relevos, florestas e lagos, são a combinação perfeita que faz de São Pedro lugar ideal para a prática do balonismo. Na Estância de São Pedro, os balões tem capacidade para até seis pessoas, conta o empresário Feodor Nenov, que há 20 anos leva passageiro para as alturas. A decolagem é feita sempre ao amanhecer e dura cerca de uma hora. O voo para grupo de 6 pessoas custa R$ 3.240,00. Já para duas pessoas, o passeio romântico, sai por R$ 2.200,00.
O interessado deve agendar o voo de balão com antecedência. A confirmação do passeio, no entanto, só ocorre na véspera porque o voo depende das condições climáticas. Em São Pedro, há também, a possibilidade de voo cativo, em que o balão fica preso ao chão por uma corda. E Feodor também tem um dirigível, que é utilizado em eventos e apresentações.
A tradição do voo livre
O voo livre é uma tradição de São Pedro desde 1979, quando a cidade realizou o seu primeiro campeonato de voo livre na modalidade asa delta. Desde então, todos os finais de semana fissurados pelo esporte colorem os céus da cidade com suas asas. Em meados de 1996 começaram a aparecer os primeiros parapentes, que hoje dominam a cena do voo livre em São Pedro, conta o piloto Luiz Roberto Osório Baum.
Para se ter ideia da importância do esporte na cidade, o Clube São Pedro de Voo Livre tem cerca de 200 pilotos associados e vários deles são instrutores homologados para fazer voo duplo. “Nos últimos anos, antes da pandemia, sediamos grandes eventos do esporte, incluindo etapas de campeonatos estaduais com excelentes pilotos. E realizamos eventos com grande apelo público, como o voo a fantasia, em que os pilotos e seus parapentes são fantasiados como, por exemplo, de Penélope Charmosa. É muito legal ver no céu as fantasias mais inusitadas. Agora, com flexibilização das normas sanitárias, vamos retomar os eventos”, completa.
Parapente x asa delta
Para quem pretende se aventurar pelo ar de São Pedro, é importante ir se familiarizando com as modalidades de voo livre. Mais antigo na cidade, há a asa delta, que para voar ao sabor das térmicas utiliza asa feita de estrutura sólida em forma de V. Mais recente e dominando o cenário, está o parapente, que também voa nas térmicas mas com uma estrutura de asa macia, sem moldura interna, e que ganha formato elíptico uma vez inflada. Na comparação com a asa delta, o parapente possibilita um voo mais lento com postura, geralmente, sentada. O parapente também é chamado de paraglider. É a mesma modalidade de voo. A única diferença é a origem do nome. Parapente tem origem no francês enquanto paraglider, tem origem no inglês.
Para maiores informações sobre turismo e voo livre em São Pedro acesse os sites saopedro.com.br; cspvl.com.br e instagram @airbrasilbalonismo
Erika Alfenas e Sheyla Santoso, publicitárias, influenciadoras e youtubers de lifestyle, gastronomia e viagens.